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Trump ameaça anexar Canadá, Groenlândia e tomar Canal do Panamá: Entenda o que está por trás dessa declaração

  • Foto do escritor: Feliciano
    Feliciano
  • 8 de jan.
  • 3 min de leitura

Em entrevista coletiva, presidente eleito dos Estados Unidos disse que vai usar força econômica para atingir objetivos. Republicano também afirmou que vai rebatizar o Golfo do México.

A poucos dias de retornar à Casa Branca, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em uma entrevista coletiva que deseja tomar o Canal do Panamá e a Groenlândia. O republicano também declarou que pretende mudar o nome do Golfo do México e sugeriu a incorporação do Canadá aos EUA.

As declarações foram feitas em um resort de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, na terça-feira (7). Durante a coletiva, Trump afirmou que pretende usar a força econômica para atingir seus objetivos, como a aplicação de sanções ou o aumento de tarifas.

Atualmente, as áreas que Trump deseja impor controle americano são administradas da seguinte forma:


  • Canal do Panamá: é controlado totalmente pelo governo do Panamá desde 1999, mas já foi administrado pelos Estados Unidos. O canal foi construído no início do século 20, possibilitando o tráfego de navios entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

  • Groenlândia: território com governo próprio, mas sob a Constituição da Dinamarca. A ilha está localizada no Atlântico Norte, entre a América do Norte e a Europa.

  • Canadá: país independente com governo próprio. A região já foi controlada pelo Reino Unido e faz fronteira com o norte dos Estados Unidos.

  • Golfo do México: área que banha os Estados Unidos, México e Cuba. Não existe um único país responsável pelas águas da região, cuja administração segue tratados internacionais.


No caso do Canal do Panamá e da Groenlândia, Trump afirmou que não descarta o uso de força militar para controlar as duas regiões. O presidente eleito justificou que ambas são importantes para a economia e a segurança dos Estados Unidos.

Já sobre o Canadá, Trump disse que os Estados Unidos gastam muito para proteger o país vizinho. Ele defendeu que uma espécie de fusão seria mais simples e ameaçou aplicar tarifas sobre produtos canadenses.

Em relação ao Golfo do México, o republicano declarou que vai mudar o nome da região para "Golfo da América". Ele não deixou claro qual seria o objetivo da medida, mas afirmou que os Estados Unidos fazem a "maior parte" do trabalho na região e, portanto, a área deveria pertencer ao país.

Após a coletiva, a Associated Press afirmou que Trump tem passado mais tempo se preocupando com uma "agenda imperialista" do que com os problemas internos dos Estados Unidos desde que foi eleito. Já a Reuters afirmou que o ideal "America First" (América em Primeiro), defendido pelo presidente, é expansionista.

Veja a seguir o que guarda cada uma das regiões em que Trump está interessado.

Canal do Panamá

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O Canal do Panamá foi inaugurado em agosto de 1914 e foi considerado a maior obra de engenharia da época. A construção possibilitou a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico através das Américas, reduzindo o tempo de viagem de navios cargueiros.

Os Estados Unidos tiveram um papel crucial na realização da obra. Na época, o Panamá ainda era uma província da Colômbia, e o governo norte-americano não conseguia chegar a um acordo satisfatório com as autoridades colombianas.

Diante disso, os americanos decidiram apoiar a independência do Panamá e ancoraram navios nas duas costas da região. Três anos depois, já como um Estado autônomo, o Panamá firmou um acordo com os EUA para a construção do canal.

O acordo previa um pagamento de US$ 10 milhões, além de US$ 250 mil anuais, para que os Estados Unidos controlassem o canal. No entanto, na segunda metade do século 20, o Panamá passou a pressionar o governo americano pela nacionalização da estrutura.

Os Estados Unidos controlaram o Canal do Panamá até o final de 1999, quando ele foi entregue ao governo panamenho. Ao longo de mais de 80 anos, a via impulsionou a economia norte-americana e contribuiu para o desenvolvimento do noroeste dos EUA.

 
 
 

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